Se algum dia fui louca? Talvez, ou talvez a vida é que seja,
ser louca não é estar quebrada ou engolir um segredo sombrio, é ser como vc ou eu: amplificado.
Você já confundiu um sonho com a vida real?
Ou roubou alguma coisa pela qual podia pagar?
Você já se sentiu deprimido?
Ou pensou que o trem estava andando quando estava parado?
“O que pesou definitivamente na balança foi um outro pré-requisito: o meu estado de contrariedade. Minha ambição era negar. Fosse o mundo denso ou oco, ele só provocava minha negação. Quando era para estar acordada, eu dormia; se devia falar, me calava; quando um prazer se oferecia a mim, eu o evitava. Minha fome, minha sede, minha solidão, o tédio e o medo, tudo isso era, sempre, uma arma apontada para o meu inimigo, o mundo. É claro que o mundo não estava nem ai para esses sentimentos, e eles me atormentavam, mas eu extraia uma satisfação morbida do meu sofrimento. Ele confirmava a minha existência. Toda a minha integridade parecia residir em dizer Não. Portanto, a oportunidade de ser encarcerada era simplesmente atraente demais para que eu resistisse a ela. Era um Não descomunal – o maior Não do lado de cá do suicídio. Um raciocínio perverso. Por trás dessa perversidade, porém, eu sabia que não estava louca e que eles não poderiam me manter trancafiada num hospício”
Uma frase retirada da bela obra de Markus Zusak, envolvendo lembranças dos amaveis personagens Max Vandenburg e Lisa Meminger com os quais me indentifiquei plenamente essa semana!
Em vista de tantos acontecimentos assombrosos que estão ocorrendo no mundo, me sinto em tal contradição com a qual parece ser a '' pespectiva'' ou ''Razão'' da sociedade que me imagino como Max Vandenburg encolhido no canto de um porão que cheira a tinta esperando pela chegada do outro lutador ''FÜHRER''! É como se soubesse o mesmo tom contraditório que Max e Lisa vivenciaram na sociedade alemã sob o advento do nazismo!
Como ja fiz disso um desabafo particular...Deixo minha dica a quem quer que sirvar, à quem precise ouvi-la para refletir : ''Não se acaba com uma ideologia com a morte do líder! O Hitler se foi, os nazistas continuam aqui! Então qual o motivo de todo esse alvoroço?''
Quem é o mocinho ou quem é a vitíma já não importa! Me pergunto apenas quem é que vai chorar? Quem vai cobrar o sangue derramado por todos os civis agora já mortos?
P.s.Muito Chateada!
P.s.Brizida Criado, Obrigada ! Mas uma vez suas palavras me salvaram.
"A arte de perder não é nenhum mistério;
Tantas coisas contêm em si o acidente
De perdê-las, que perder não é nada sério. Perca um pouquinho a cada dia.
Aceite, austero, A chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério. Depois perca mais rápido, com mais critério: Lugares, nomes, a escala subseqüente
Da viagem não feita. Nada disso é sério. Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
Lembrar a perda de três casas excelentes. A arte de perder não é nenhum mistério. Perdi duas cidades lindas. E um império
Que era meu, dois rios, e mais um continente. Tenho saudade deles. Mas não é nada sério. – Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo que eu amo) não muda nada. Pois é evidente que a arte de perder não chega a ser mistério por muito que pareça (Escreva!) muito sério."